sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nosso Kaká


Kaká é considerado um dos homens mais bonitos do futebol, conforme provam os gritos histéricos das kakazetes espalhadas pelos quatro cantos da Terra. Seu rosto está entre os mais disputados pelo mercado publicitário, graças a sua imagem de bom moço, educado, religioso… O astro do Real Madrid já estrelou campanhas de grifes e marcas famosas, como Armani e Audi, além de diversas outras.
Aos quase R$ 2 milhões de salário que Kaká ganha por mês do Real Madrid, soma-se outro R$ 1,5 milhão com receitas publicitárias. Ainda assim, apesar de tudo isso, há uma coisa que ninguém sabe: o galáctico cresceu se achando feio. Durante a infância, ele tinha miopia de dois graus em cada olho e queria, a qualquer custo, fazer a cirurgia de correção da visão, para se livrar dos óculos.
Os dentes do filho de dona Simone e seu Bosco também estavam longe de serem alinhados, vistosos e bonitos como os de hoje, que já serviram até de exemplo num comercial de escova dental. Para tentar ter um sorriso bonito, o menino recorreu ao aparelho fixo por anos, e depois para um aparelho móvel.
Patinho Feio só ganhava brilho nas aulas de educação física do Colégio Batista Brasileiro, onde estudava. Com apenas 8 anos de idade, o menino franzino, mas de pernas longas, impressionava os professores, que convenceram sua mãe a levá-lo para uma escolinha de futebol.
Com as meninas, porém, Kaká quase não se metia. Nascido num lar evangélico e tímido ao extremo, ele foi dar seu primeiro beijo depois dos 14 anos, quando já jogava nas categorias de base do São Paulo. Aos 16, ele voltou a se sentir o excluído, por conta do colete cervical que teve de usar durante mais de 50 dias, por conta da fratura em parte da sexta vértebra da coluna.
O acidente ocorreu num fim de semana em Caldas Novas (GO), cidade onde vivem os avôs paternos. Kaká estava suspenso de uma partida do time de juniores do São Paulo, pelo acúmulo de três cartões amarelos. Depois de descer o toboágua, ele bateu a cabeça no fundo da piscina, foi levado ao hospital e levou quatro pontos, para a cicatrização de um corte. Porém, ninguém se preocupou com a coluna do jovem, que chegou a participar de dois treinos na volta ao São Paulo. Foi aí que começou a se queixar de dores nas costas. Os médicos do Tricolor constataram a fratura na vértebra e o vetaram dos treinos e jogos.
Durante um bom tempo, Kaká chegou a temer que nunca mais pudesse jogar futebol. E o temor só aproximou ainda mais o craque da religião, que doa mais de 10% de seus vencimentos todo mês para a Igreja Renascer. A cada gol, ele levanta as mãos para o céu e agradece. Por conta de sua crença, se casou virgem, foge das bebidas e tem aversão às baladas.

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