domingo, 13 de março de 2011

O homem que nasceu pra honrar (parte 2 )

Carreira
Despontando em seu primeiro ano
Kaká estreou como profissional em 1º de fevereiro de 2001, contra o Botafogo, na final do Torneio Rio-São Paulo de 2001, jogo empatado por 1-1. Ainda conhecido como Cacá, entrou no decorrer do jogo. No dia 07 de março pelo mesmo torneio e contra o mesmo time entrou no jogo e fez dois gols em dois minutos, aos 34 e 36 do segundo tempo, fato que deu a vitória de virada sobre o clube carioca. O São Paulo foi o campeão do torneio, conquistando um dos últimos títulos oficiais que ainda não havia conquistado. Logo, seu apelido fica com a letra K no lugar do C e torna-se novo ídolo da torcida tricolor, surgindo comparações a Raí, que jogava na mesma posição do meio de campo e que, como o novo talento, desfrutava de grande carisma e assédio do público feminino em especial, pela imagem de galã e de bom moço.
Em dez meses, tão querido quanto Rogério Ceni e França,Kaká cumpre sete dos dez objetivos que havia traçado no final do ano anterior para a sua carreira: desde voltar a jogar futebol, após um acidente que quase o deixou paraplégico, a manter-se entre os titulares do São Paulo após jogar o Mundial Sub-20 pela Seleção Brasileira.Apesar de alternar atuações boas e outras discretas, é um dos líderes do São Paulo no Campeonato Brasileiro de 2001, do qual deixa sobre uma maca, após violenta falta cometida nele por Cocito, na eliminação frente ao futuro campeão Atlético Paranaense.

Protagonista no Tricolor

Foi chamado para a Seleção Brasileira principal (seu oitavo objetivo; jogar por ela era o nono) no ano seguinte, e convocado para a Copa do Mundo de 2002, onde fez parte do time misto que jogou já classificado contra a Costa Rica, na primeira fase. Foi à Ásia como azarão - o favorito para a vaga era o experiente Djalminha, preterido pelo técnico Luiz Felipe Scolari após desferir cabeçada em seu treinador no Deportivo La Coruña, Javier Irureta.
Antes de Copa, embora ainda magro, sem tanta velocidade nem noção de posicionamento e até dificuldade para escapar de marcação individual, é elogiado por Carlos Alberto Parreira como "um daqueles jogadores que aparecem a cada vinte, trinta anos, como Zico".A experiência na Copa e ter saído dela como campeão, embora jogado apenas cerca de vinte minutos, fez bem ao novato: foi um dos líderes da boa campanha sãopaulina no Brasileirão que se seguiu, em que o São Paulo terminou a primeira fase do campeonato disparado na liderança, com ele mais maduro e se responsabilizando para armar as jogadas do time.
Seu desempenho no torneio, onde marcou nove vezes e distribuiu várias assistências para Reinaldo e Luís Fabiano, lhe renderia a Bola de Ouro da Placar. Entretanto, nas oitavas-de-final, faz duas partidas ruins contra o rival Santos, que, vindo da oitava colocação, vence os dois clássicos, elimina o Tricolor e segue rumo ao título.
A eliminação precoce lhe renderia os primeiros atritos com a torcida. A pecha de "amarelão" aumenta com outro título perdido a seguir, o Paulistão de 2003, em que ele, com um estiramento na coxa, não joga a final contra o Corinthians. Mesmo sem jogar, é apontado como culpado pelos torcedores pelos resultados ruins da equipe, bem como na eliminação na Copa do Brasil, pelo Goiás. Kaká chegou a disputar o Campeonato Brasileiro de 2003, quando finalmente recebe convite para transferir-se para um grande clube europeu da Itália ou Espanha, a última meta que ele havia traçado dois anos antes.

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